sábado, 2 de outubro de 2010

A janela.

 Todas as noites ele deixava a janela aberta, ela chegava entre o despedir da Lua e a entrada do Sol. Ela entrava no quarto pela janela (ele nunca soube como ela subia) e falava sobre a vida, contava histórias, cantava e dançava. Ela sempre o fazia sorrir.

 Fazia um ano que ela entrava no quarto dele sempre na mesma hora e com o mesmo sorriso de menina sapeca. Desde a primeira visita ele ficou mais feliz e se sentiu mais real. Toda vez que as coisas se tornavam difíceis para ele, ele pensava que a noite ia chegar e ela ia entrar.


 Aquela noite seria especial, ele iria surpreender ela. Quando ela chegou, ele entregou um anel e disse que não saberia mais como viver sem ela. Pela primeira vez ele não soube decifrar os olhos dela. Ela o beijou e foi embora sem o anel.




 No outro dia ela encontrou a janela fechada, e tudo que ela conseguia ver era as maquinas que o mantinham vivo. Do lado de fora da janela ela encontra um bilhete com um anel dentro dizendo: “Eu falei que não viveria sem você.”



Nenhum comentário:

Postar um comentário